Criopreservação
Congelamento de óvulos | Criopreservação
Não há dúvida de que as técnicas de Reprodução Assistida têm sido um caminho bastante eficiente para as pessoas com dificuldade de engravidar de forma natural.
Neste espaço vamos falar de uma dessas técnicas, a criopreservação de oócitos, responsável por grande avanço no processo de reprodução nas últimas décadas.
O que são oócitos?
Este é o nome dados às células germinativas femininas ou células sexuais produzidas nos ovários. E são essas células que podem ser preservadas por meio da criopreservação, que, resumidamente, é um processo em que células ou tecidos biológicos são submetidos a congelamento a temperaturas muito baixas, geralmente −196 °C (o ponto de ebulição do nitrogênio líquido).
Essa metodologia tem sua aplicação em programas de ovodoação (óvulos de mulheres saudáveis que são armazenados em banco para serem repassados a mulheres que estão à espera de engravidar).
Trata-se de uma das técnicas mais importantes na preservação da fertilidade em pacientes jovens que serão submetidas a tratamento oncológico ou que por motivos pessoais querem postergar a maternidade.
O que dizem os estudos sobre o congelamento de óvulos?
É importante que se diga que a comprovação da eficácia da criopreservação é mostrada em estudos científicos, como o de Cobo e equipe, que registra taxa de sobrevivência de:
- 96,7%, e taxas de gravidez, implantação e gravidez em evolução de 65,2%, 40,8% e 47,8% respectivamente.
Outros estudos encontram sobrevivência de:
- 44,7%, fertilização de 75,2% e 14,75 nascidos vivos de 929 embriões transferidos.
Tais resultados colocam a técnica de criopreservação de oócitos entre as mais importantes na preservação da fertilidade em pacientes jovens que serão submetidas a tratamento oncológico ou que por motivos pessoais querem postergar a maternidade.
O Fator Idade
É certo que existe uma tendência atual de as mulheres retardarem seu desejo reprodutivo. Registros americanos mostram que de 2000 a 2014 houve um aumento de 1,4 anos na idade média (26,3 anos) do primeiro parto.
Pesquisas amostrais realizadas em pacientes que realizaram a preservação social da fertilidade mostram que apenas 50 % pensam em utilizar estes oócitos no futuro e 95% recomendariam o procedimento para suas amigas e que gostariam de ter vitrificado seus oócitos mais jovens.
Várias razões são elencadas pelas mulheres para explicar este real retardamento do desejo reprodutivo. As principais são: ausência do parceiro ideal e motivos profissionais e financeiros.
É preciso, entretanto, saber que com a idade é verificado o envelhecimento ovariano, conceito que vem do princípio de que as mulheres nascem com um número finito de oócitos que vão diminuindo com o passar dos anos .
A fecundidade começa a declinar lentamente a partir dos 32 anos e mais rapidamente a partir dos 37 anos. Ou seja, idade materna é isoladamente o fator prognóstico mais importante do sucesso da Fertilização in vitro (FIV).
E dados da Sociedade Americana de Reprodução Assistida, publicados em 2013, comprovam essa relação, ao registrar um declínio linear da taxa de nascidos vivos (LBR) em ciclos de FIV de 40% em mulheres com menos de 35 anos, para 11 % com 41-42 anos.E)
Isso porque há uma queda do número de oócitos e principalmente um aumento da taxa de aneuploidia ( referente à aneuplóide, célula que teve o seu material genético alterado, sendo portador de um número cromossômico diferente do normal da espécie) com a elevação da idade materna. A taxa de abortamento em ciclos de FIV é menor que 15% nas mulheres abaixo dos 35 anos e maior de 50% naquelas acima dos 44 anos.
Estudos utilizando modelos matemáticos mostram que a melhor relação custo- benefício na vitrificação de oócitos se dá de 35 a 37 anos.
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